12 de outubro de 2010

SOLENIDADE DE NOSSA SENHORA APARECIDA

Hoje, o Brasil católico celebra o dia de Nossa Senhora Aparecida, sua padroeira. Ela foi encontrada sob a forma de imagem negra por pobres pescadores, no ano de 1717, no local onde hoje é a cidade de Aparecida do Norte, em São Paulo. O local passou lentamente a ser referência de peregrinação. Esse acontecimento marcou época. A mãe de Deus se apresenta como padroeira dos pobres e negros escravos do Brasil de outrora. A Maria do Magnificat, que canta a derrubada dos opressores e soerguimento dos pobres (Lc 1, 45-55), é a mesma negra de Aparecida, aquela que devolveu a alegria aos pobres pescadores com uma pesca milagrosa. Aparecida, que virou Nossa Senhora Aparecida. Um título de rainha para uma mulher que marcou a humanidade desde sua terra natal, Nazaré. Quem não conhece a música Maria de Nazaré, aquela que me cativou, fez mais forte a minha fé e por filho me adotou? Nas leituras de hoje, três mulheres são apresentadas para a nossa reflexão. Ester, Maria e a mulher anônima do Apocalipse. Ester é a mulherda luta, da resistência à dominação grega. Por sua sábia atitude, consegue livrar seu povo do extermínio. Maria é a mulher-mãe que leva seu filho a iniciar suas atividades missionárias, realizando o seu primeiro milagre. Já a mulher anônima do Apocalipse pode ser identificada com Eva, com a esposa de Deus, Israel/Sião, ou com Maria. Ela está prestes a dar à luz, mas se vê ameaçada pelo dragão, a força do mal. Em que essas mulheres vencedoras iluminam a nossa fé? Sobretudo, neste dia de nossa mãe Aparecida, aquela que apareceu para nos colocar no caminho da vida, da libertação dos opressores de ontem e de hoje. Falar de Maria é falar dessas três mulheres e de tantas outras de nosso tempo.
Extraído de: VIDA PASTORAL. "revista bimestral para sacerdotes e agentes de pastoral". ano 51. número 274. setembro / outubro 2010. p. 53 . Paulus.

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