7 de novembro de 2013

CELEBRAÇÃO POR TODOS OS FIÉIS FALECIDOS

No dia de finados recordamos, de modo especial, os nossos mortos. Uma lembrança de carinho e piedade. A Igreja apóia essa lembrança, para que, ao mesmo tempo em que rezamos pelos mortos, nos lembremos da ressurreição deles e nossa, ou seja, do destino eterno que tem a criatura humana. A Igreja sempre nos ensinou a rezar no Credo: “Creio na comunhão dos santos... e na vida eterna”. 
O que significa isso? Quer dizer que nós, que peregrinamos nesta terra, estamos em comum união, em comunhão com os que terminaram esta vida, seja os que alcançaram a glorificação, seja os que ainda precisam de purificação.
A Igreja sabe e sempre ensinou que a criatura humana não é feita para a morte, mas para a vida. E Jesus foi claro quando disse: “Deus não é um deus de mortos, mas de vivos” (Mt 22, 32). Ou seja, a morte biológica não é o fim do homem. Antes de ressuscitar Lázaro, Jesus diz a Marta: “Quem crer em mim, ainda que esteja morto, viverá” (Jo 11, 25). 
Ressurreição não é só uma doutrina a mais na Igreja. Foi o centro da pregação dos apóstolos e é o alicerce da nossa esperança. Tudo é possível, se a morte não é o fim. Apesar da fé, é natural que nos pese a ausência física de pessoas que amamos e já não estão neste mundo. Mas não celebramos nossos mortos como quem lembra de alguém que se foi e nunca mais se verá. 
Cremos num encontro que está carinhosamente preparado pelo Pai. Mais ainda: cremos que podemos rezar uns pelos outros, vivos e mortos, porque continuamos sendo todos membros da mesma família de filhos e filhas de Deus. E esse é mais um presente bonito que nosso Pai nos dá; Ele guarda todos os que amamos. Um bom modo de celebrar esse amor que nos une aos que já estão em Deus é fazer todo o bem que pudermos, como homenagem a todas as lembranças boas que eles plantaram em nós.

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