10 de outubro de 2010

MISSA DO 28º DOMINGO DO TEMPO COMUM

As leituras de hoje nos chamam a atenção para o fato de a doença ser uma condição humana que nos desafia e nos leva a procurar ajuda em Deus. O que nos dizem as leituras? Quando tudo parece perdido, eis que surge um profeta que cura um estrangeiro acometido pela lepra. Nessa mesma condição, estão dez outros homens, os quais procuram por Jesus, o grande médico das almas e dos corpos, aquele que foi enviado por Deus para salvar a todos. Como nas leituras do domingo passado, estamos diante de testemunhos de pessoas de fé no Deus de Israel e em Jesus. A doença dos personagens da primeira leitura e do evangelho é chamada de lepra. Atualmente se usa o termo hanseníase, por não ser tão estigmatizado como lepra e leproso. A hanseníase é uma doença transmissível causada por uma bactéria chamada Mycobacterium leprae, daí também o nome lepra. O nome hanseníase foi dado em homenagem ao descobridor da bactéria, Gerhard Hansen. A doença já era conhecida muito antes de Jesus. O livro do Levítico dedica dois capítulos à lepra, o treze e o quatorze, mostrando as incidências sobre o seu portador e a comunidade de Israel. Sem conhecer bem a origem da doença, a mesma é identificada como impureza e o seu portador, como impuro, sendo o mesmo afastado da vida social. Essa orientação motivou a segregação de hansenianos nos chamados leprosários. A lepra era um castigo dado por Deus (2Cr 26, 16-23). O Brasil é o segundo país no mundo com maior incidência de hanseníase. Em países desenvolvidos, essa doença já foi erradicada. O governo brasileiro possibilita o diagnóstico e tratamento gratuito, mas até o momento não avançou no sentido da erradicação. Vejamos em que as leituras de hoje nos iluminam sobre essas questões acerca da hanseníase.

Extraído de: VIDA PASTORAL. "revista bimestral para sacerdotes e agentes de pastoral". ano 51. número 274. setembro / outubro 2010. p. 50/51 . Paulus.

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