25 de fevereiro de 2012

MISSA DO 1º DOMINGO DA QUARESMA

Estamos iniciando a Quaresma, tempo de conversão em vista da celebração do mistério pascal. Tempo de volta ao nosso “primeiro amor”, nosso projeto de vida assumido diante de Deus e Jesus Cristo.
As leituras deste domingo ensinam-nos a acreditar na possibilidade da renovação de nossa vida cristã. A liturgia de hoje se inspira na catequese batismal. Nos primórdios da Igreja, a Quaresma era a preparação para o batismo, administrado na noite pascal. O batismo era visto como participação na reconciliação operada pelo sacrifício de Cristo por nós (cf. Rm 3,21-26; 5,1-11; 6,3 etc.). No mesmo espírito, a liturgia renovada do Concílio Vaticano II insiste em que, na noite pascal, sejam batizados alguns novos fiéis, de preferência adultos, e que todos os fiéis façam a renovação de seu compromisso batismal.
Essa insistência na renovação da vida batismal faz sentido, pois, enquanto não tivermos passado pela última prova, estamos sujeitos à desistência. Como à humanidade toda, no tempo de Noé, também a cada um, batizado ou não, Deus dá novas chances: eis o tempo da conversão.
A liturgia de hoje é animada por um espírito de confiança (por exemplo, no canto da Comunhão II). Ora, confiança significa entrega: corresponder ao amor de Deus por uma vida santa (oração do dia). É claro, devemos sempre viver em harmonia com Deus, correspondendo a seu amor. Na instabilidade da vida, porém, as forças do mal nos apanham desprevenidos. Mas a Quaresma é um “tempo forte”, em que convém pôr à prova o nosso amor, esforçando-nos mais intensamente por uma vida santa.
Extraído de: VIDA PASTORAL "Revista Bimestral para Sacerdotes e Agentes de Pastoral". ano 53. número 282. Janeiro / Fevereiro 2012. p 62 . Paulus.

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